Economistas apresentam previsões e discutem resiliências econômicas brasileiras.
As perspectivas e os desafios da economia brasileira para os anos seguintes foram discutidos em evento promovido pelo Observatório Econômico da CCIFB-SP, no dia 15 de agosto deste ano. O evento, que contou com a moderação do líder da comissão, recebeu o profissional, que possui doutorado em Economia pela USP e mais de 25 anos de experiência, foi convidado a oferecer sua visão sobre as tendências para o cenário econômico global e brasileiro para este e os próximos anos.
O economista iniciou sua apresentação destacando a volatilidade do ambiente econômico atual. Nos últimos dois anos, a principal discussão no mundo tem sido a política monetária e a inflação, afirmou, referindo-se ao cenário de incertezas que permeia as decisões dos Bancos Centrais. Explicou que a inflação nos Estados Unidos apresentou oscilações, levantando dúvidas sobre a necessidade de aumentos nas taxas de juros, mas enfatizou que a desaceleração econômica já estava em curso e que não há evidências de recessão iminente.
O economista também abordou a situação do Brasil. Segundo ele, a economia local está se mostrando resiliente. A combinação de crescimento econômico e redução da inflação podem criar ambiente favorável para o Brasil, ponderando que existem fatores internos que precisam ser considerados, como a política fiscal, que ainda gera preocupações no mercado. “Precisamos encontrar um equilíbrio entre a política fiscal e monetária para garantir um crescimento sustentável”, completou.
Durante o debate, os participantes expressaram seus receios sobre a possibilidade de crise fiscal no Brasil. Para o economista, o cenário é construtivo, mas exige atenção ao descompasso entre aspectos fiscais e monetários. Observou que o Brasil tem condições de crescer, mas a necessidade de ajuste na política fiscal é crucial. “Estamos em um momento em que o governo precisa demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal para fortalecer a confiança dos investidores”.
O profissional destacou a importância do investimento estrangeiro direto, especialmente em setores como energia renovável, afirmando que o Brasil tem potencial enorme, projetos nesses segmentos podem atrair capital e promover crescimento sustentável.
Ao encerrar sua apresentação, fez apelo à comunidade empresarial e aos investidores: “devemos estar preparados para aproveitar as oportunidades que surgem, mas também precisamos ser realistas sobre os desafios que enfrentamos”. Na opinião dele, embora o cenário global apresente riscos, há espaço significativo para a apreciação do Real e para o crescimento econômico no Brasil. “Com um ambiente internacional favorável e um ajuste interno bem-sucedido, podemos olhar para o futuro com esperança. O povo brasileiro está precisando de confiança e estabilidade no mercado econômico”, concluiu.
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