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Falta de chuva compromete safra no RS!

Foto do escritor: Redação JMRedação JM

Após enfrentar enchentes em 2024, o Rio Grande do Sul vive agora, estiagem prolongada e coloca novamente o agronegócio em estado de alerta. Com ausência de chuvas há mais de 30 dias em algumas regiões, especialmente no oeste do estado, os prejuízos para as lavouras de soja e milho ultrapassam 50%. O fenômeno La Niña, mesmo previsto para ser de curta duração, intensificou os impactos.

Produtores rurais descrevem cenários críticos, as perdas aumentam a cada dia. O milho, quem plantou cedo conseguiu escapar, mas a soja foi muito afetada. Desde de dezembro de 2024, os níveis de umidade no solo começaram a cair drasticamente, agravando a situação das lavouras.

A situação é ainda mais severa na região oeste, abrangendo São Borja, Itaqui, Uruguaiana, Santiago e Alegrete. Os relatos de perda são muito consideráveis. A falta de umidade no solo somada ao calor extremo compromete a capacidade das plantas de metabolizar a água. Elas perdem umidade rapidamente pelas folhas, o que agrava ainda mais o estresse hídrico.

Além dos impactos na produção agrícola, a estiagem afeta o abastecimento de água à população. Dados da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs) indicam que 124 mil pessoas enfrentam restrições, em algumas cidades registrando desabastecimento parcial. Na região metropolitana de Porto Alegre, a captação do Rio Gravataí para lavouras, pecuária e indústria está temporariamente suspensa.

A dificuldade dos produtores em planejar suas atividades diante das falhas nas previsões meteorológicas. Os modelos de previsão climática erram muito no curto prazo, especialmente no verão, quando o clima é mais instável. Às vezes, há expectativa de chuva para vários dias, mas não vem, prejudicando o planejamento de plantio e manejo das lavouras.

A falta de chuvas regulares e a forte radiação solar de janeiro e fevereiro agravam o quadro. Mesmo com pancadas isoladas, são muito esparsas e não ajudam significativamente. Além disso, não há frentes frias previstas para amenizar o calor nos próximos meses, o que torna a situação ainda mais complicada.

A irrigação ajuda como alternativa, mas não garante a produção cheia. Para mitigar os efeitos da estiagem, a irrigação é apontada como ferramenta essencial. No entanto, alerta-se que, dependendo da intensidade da seca, nem mesmo a irrigação garante bons resultados. Se o período sem chuva for muito prolongado, a irrigação pode não ser suficiente. Tudo depende da radiação solar e do tempo que a lavoura consegue resistir.

Diante das recorrentes perdas, acredita-se que é hora de repensar o modelo agrícola no estado. A soja dominou o cenário desde a década de 1980, mas talvez seja o momento de diversificar. Antes, o trigo era muito forte e hoje enfrenta-se sucessivas safras frustradas. Quem investe apenas na soja está em situação difícil de reverter.

Especialistas defendem que pesquisas e incentivos sejam direcionados para o desenvolvimento de culturas mais resilientes à seca. Precisa-se de trabalho mais focado da Embrapa e outras instituições para diversificar o que é plantado no estado. Além disso, a rotação de culturas e o manejo adequado do solo são fundamentais para evitar impactos ainda maiores em anos de estiagem.


 

 





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